Sacolas da discórdia

Um dia sem sacolas plásticas. A proposta colocada em prática durante uma campanha de uma rede de supermercados de Fortaleza gerou várias reações. Muitos clientes aderiram à idéia, mas outros reagiram mal. Na loja do Mercadinhos São Luiz da avenida Pontes Vieira presenciei uma senhora revoltada exigindo as sacolas. Ela disse ao caixa que a empresa tinha a obrigação de fornecer as sacolas. Reclamou e foi atendida.

Outros dois clientes disseram que iam denunciar o caso à imprensa. Ouvi também pessoas falando que a campanha serviria apenas para aumentar as vendas das sacolas retornáveis no supermercado.

A campanha, porém, teve adesão de muita gente. Inúmeros foram os clientes que trocaram as sacolas plásticas pelas retornáveis. Destaco ainda, que além de incentivar essa prática, o supermercado também exibiu vídeos com reportagens sobre danos ambientais promovidos pelas sacolinhas.

Podia ser melhor

A rede de supermercados poderia ter ganho mais adesões na campanha se tivesse vendido a preço menor ou mesmo distribuído sacolas retornáveis. Preferiu vender por R$ 1,99. Para quem estava fazendo compras grandes ficou caro ter que comprar mais de uma sacola. Assim, o sacrifício ficou mesmo por conta do consumidor e dos funcionários que tiveram que passar o dia dando explicações.